Neste momento onde muitas empresas, por instinto de sobrevivência tentam adaptar-se e cria uma cultura mais ágil, com menos hierarquia e com algum propósito, vejo que existem muitas situações "forçadas".
Visite uma empresa chamada 'nativa digital' e você entenderá claramente do que estou falando e não é sobre ter pufs, poder levar o pet ao trabalho e etc... já te explico!
Quando chegamos em uma grande organização, identificamos alguns sinais (ou simbolismo, como aprendi com o Adeildo) que criam uma divisão entre empregados e chefes. São talvez coisas simples, mas que nas empresas mais tradicionais, ninguém está disposto a abrir mão: Vaga de estacionamento exclusiva, salas enormes, carro da empresa, diária de alimentação maior, entre tantas outras coisas.
Além do simbolismo, existe uma outra questão.Para decisões, principalmente em momentos de crise ou urgência, o staff se reúne a porta fechadas para toma-las, afinal, eles são os super homens e mulheres da organização. Eles estão nestas posições por serem melhores e conhecerem mais que os demais funcionários. ERRADO.
Enquanto não abrirmos mão destes detalhes do simbolismo e não envolvermos os funcionários nas decisões mais críticas, uma organização pode criar uma área exclusiva para tentar fazer a jornada de Transformação Digital, pode criar até uma cultura mais ágil, com a aplicação de metodologias ágeis, pode até tentar criar um propósito, mas na verdade só estaremos jogando o mesmo jogo com uma camisa diferente, o coração continuará sendo o mesmo.
Desenvolvimento de pessoas, dar autonomia as equipes, tratar todos iguais na organização, criar símbolos que unam as camadas do organograma (organograma,outra coisa que deve ser revista), criar um propósito sincero e que faça parte das decisões do dia a dia, indiferente se isto alterará pontos cruciais para o negócio (muitas vezes para seguir o propósito a decisão não será balizada pelo resultado financeiro dela), são apenas algumas atitudes que começarão a preparar a empresa para ter uma Cultura Digital.
Fora isso, estaremos "passando o batom no porco"
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